As aulas da segunda turma do curso de Vigilância em Saúde Infantil e Imunização em Contexto de Emergência e Mudanças Climáticas no Amazonas (Vigilância Nutricional) terão início no dia 20 de janeiro de 2025. A capacitação é promovida pela Unidade de Desenvolvimento Docente e Apoio ao Ensino (UDDAE), da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), em parceria com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), Governo do Estado do Amazonas, a Sociedade Amazonense de Pediatria e o Conselho de Secretários Municipais de Saúde do Amazonas (COSEMS-AM).
O objetivo é capacitar profissionais de saúde na vigilância nutricional e imunização, com foco nas peculiaridades das comunidades ribeirinhas e indígenas do Amazonas, além de preparar os participantes para identificar e tratar a desnutrição em situações de emergência, considerando os impactos das mudanças climáticas e desenvolver habilidades para implementar estratégias eficazes de busca ativa vacinal, superando barreiras de acesso em populações vulneráveis.
O curso acontece na modalidade Ensino a Distância pelo AVA/UEA. As inscrições para a 2ª turma acontecem até o dia 17 de janeiro. A capacitação está dividida em seis módulos: 1 – Panorama da saúde nutricional; 2 – Ferramentas de avaliação antropométrica; 3 – Sinais e Sintomas: a desnutrição infantil e seus impactos; 4 – Manejo da criança com desnutrição na APS; 5 – Panorama busca ativa vacinal; 6 – Segurança alimentar e nutricional com enfoque em alimentos regionais.
As inscrições para a 3ª turma acontecerão de 24 de março de 2025 a 28 de março de 2025. Aulas seguem de 31 de março a 30 de maio de 2025.
Impacto social
Segundo a Prof.ª Dra. Adriana Taveira, coordenadora da Telessaúde UEA/UDDAE, a realização do curso ressalta a importância do papel que a UEA desempenha nas ações de saúde, integrando ensino, pesquisa e extensão para promover o bem-estar social. “A UEA, por meio da Telessaúde UEA, que integra a UDDAE, possibilita que tal conteúdo alcance os profissionais da saúde de todos os municípios do Amazonas e de áreas indígenas, contribuindo para o enfrentamento dos principais agravos gerados pelas mudanças climáticas nas áreas de difícil acesso”, afirmou.
Sobre o curso
A capacitação é essencial à luz do contexto desafiador da região Norte do Brasil, evidenciado pelo persistente problema da fome, desigualdade social, vulnerabilidade e ainda anemia e a má nutrição, como a obesidade e a desnutrição.
Estudos como o “Mapa da Fome no Brasil: Estudos de caso na Amazônia Legal” do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) e o relatório “Saúde dos Povos Indígenas no Brasil” do Ministério da Saúde, corroboram a urgência de políticas públicas e intervenções eficazes para lidar com essas questões.
